Boas!
Tentei comprar o Coronado (Ulisses Schimels) durante um ano. Nossa, como eu sonhei com aquele barco! Mas em 2012 o caixa andou baixo por aqui e não deu. Um domingo a noite matutei, matutei e arrumei um jeito. No dia seguinte, porém, quando fui fazer a proposta, fui surpreendido com a venda do "meu barco" para outra pessoa. Que pé no saco! Pois é, quem dorme no ponto...
Nessa mesma semana fiz uma outra proposta para o Cesar, do Malagô, um outro sonho de consumo (sublinhando que o Coronado e o Malagô são barcos de concepções e de "trabalhos" completamente diferentes). Após um final de semana da agonia, aparamos umas arestas e pronto, no fio do bigode a coisa estava feita. Mas que frio na barriga deu!
Era final de outubro e eu tinha muitas aulas para dar ao longo de novembro. Acertamos os "toma lá da cá" (o nome fácil da obrigação sinalgmática) para o final de novembro, mais tardar começo de dezembro. Eu levaria o Cusco até Ubatuba e para isso contaria com a ajuda do grande Ricardo Stark (grande no tamanho e na generosidade)!
Nesse meio tempo o negócio do Coronado foi desfeito. Caramba! Parei para pensar, mas eu já tinha me acertado com o Cesar... assim, apesar do Coronado me dar muito menos despesa e trabalho (a longo prazo), não teve jeito, mantive a palavra e segurei a onda do Malagô - barco que eu sempre amei, de paixão, mas nem cogitei que um dia seria meu (para ser sincero a ficha ainda não caiu direito).
Acontece que eu simplesmente não conseguia arranjar um jeito de levar o Cusco para Ubatuba. Sempre dava algo de errado: previsão, compromissos das meninas e até o trabalho! E o barco lá, prontinho, esperando em uma agonia silenciosa.
Apesar de eu ter dado uma forcinha o Cesar e o Walnei não se entenderam (o que lastimei muito). Enquanto isso o Ricardo Stark começou a trocar e-mails com o Victorio e nessa, quase sem querer querendo, vendeu o Cusco Baldoso.
Hoje o negócio entre o Cesar e o Victorio foi selado e eu fui tirar o pouco que ainda era meu do barco. Sensação estranha, de quem se despede de um bom amigo. Fiquei feliz, pois o barco vai para um casal bem legal e que fará bom uso dele. O Cusco e "seus" casais!
O valente e famoso Atoll 23 será mantido na mesma poita pelos novos donos (terei vizinhos que irão velejar!), mas parece que vai mudar de nome...
Eu já creditei que trocar de nome de barco dava azar. Mas troquei o nome do Rio 20 e do Atoll 23 do mesmo jeito. Contudo, todavia e entretanto, não tenho coragem de mudar o nome de um barco que há mais de cinquenta anos é chamado da mesma forma: o Malagô não virará Cusco Baldoso (porém outro já está a caminho, embora isso seja segredo!)
Agradeço muito ao Ricardo, pela atenção que me deu, amigo como sempre!
Agradeço mais ainda ao amor da minha vida, Priscila, que longe de criar problemas foi a primeira a abraçar com entusiasmo a ideia e a aceitar numa boa ficarmos a pé por uns tempos para realizarmos mais esse projeto (parceria nessa vida é tudo, até no busão!!!).
E vamos no pano mesmo!