domingo, 2 de junho de 2013

Travessia Ubatuba Guarujá - Parte Um

Boas!

Para quem gosta, senta que lá vem história! Para a coisa não ficar longa e cansativa, vou dividir a epopéia em vários posts. Esse é o primeiro.

Na terça-feira, 28 de maio, pedi para meu amigo Ricardo Stark ir até o Malagô ver como estavam as coisas. Bem cedinho lá estava ele me ligando de dentro da cabine do Velho Mala. O barco estava seco. As bombas funcionavam. Mas a carga da bateria dava um sinal de alerta: 12.4 v. Ainda havia bastante carga, mas essa era a bateria número um, que usamos apenas para dar partida no motor. A dois estava zerada e isso ocorreu entre sábado e terça. Um absurdo! Pedir para ele medir o tempo de acionamento da bomba e, claro: coisa de cinco minutos. Para ajudar meu grande marinheiro conseguiu gastar vinte litros de diesel em uma semana, navegando zero milha - de Ubatuba para Guarujá, navegando setenta milhas, gastei um pouco mais do que isso. Ahã, tem pai que é cego... rs.

Tomar as decisões a distância e no desespero é algo complicado. E caro. Liguei para uma empresa de salvatagem e reparos subaquáticos (nome bonito e que parecia ornar com o que eu precisava). A coisa começou em R$ 500,00 para mergulhar e ver por onde a água entrava. Topei. Vai que?! Duas horas depois a ligação: localizamos. Mas custará mais R$ 500,00 para fazer o reparo. Topei. No final da tarde, a ligação: as bombas estão funcionando a cada meia hora, o que era o normal. Sorri!  Na mesma ligação: se o Senhor quiser, por mais R$ 360,00 amanhã faremos mais um mergulho e se localizarmos outro ponto, consertamos. Feliz da vida, topei. E me estrepei!

No dia seguinte as bombas voltaram a funcionar a cada cinco minutos (se é que um dia funcionaram por menos tempo que isso) e o "mergulhador" quebrou minha bomba de porão de R$ 429,00. Eu não posso escrever o que pensei, pois já usei palavrão aqui dia desses... Fato é que eu arrumei uma boa confusão, pois além dos R$ 1.000,00 que eu já paguei, não acho que tenha que pagar mais nada (aliás, mesmo esses mil ai são questionáveis). Mas para evitar polêmicas, encerro essa parte da novela por aqui. Apenas para referência, a subida e a descida do barco custa R$ 800,00 no Pier 26.

Como essa novela já passou de todos os limites do razoável, conclui que estava na hora de trazer o Malagô para o Guarujá, subir e fazer o que tiver que ser feito.

MAS... no feriado eu daria aulas. Até pensei em fazer a travessia com os alunos, mas claro que diante do risco do fundo do barco se abrir e virarmos náufragos, priorizei a segurança e cancelei a aula. O risco não valia a pena. Mais tarde vi que foi a coisa certa! Ainda assim peço desculpas pelo transtorno, mas foi pelo bem de vocês mesmos!!! Velejar tem que ser divertido. Se não for...

Continua...







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