segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mais três almas salvas...

Boas!

Dizem que cada pessoa que você leva para o mar equivale a um degrau a mais para o céu. Pois eu prefiro pensar que são almas que salvamos de uma vida no sofá, assistindo televisão, vendo a vida passar. Velejar faz de nós protagonistas da própria vida!

Foi nesse clima que ontem fiz mais uma instrução no Grandpa. A bordo os marujos Marcio, Hector e Carlos Eduardo, turma 09/2010 - a penúltima do ano! Apesar de ser o básico 01 a turma já tinha alguns conhecimentos de vela, o que facilitou bastante o trabalho. O mar finalmente estava baixo e os ventos de sul vinham entre cinco e dez nós até às 14h00, quando então rondaram para leste na casa dos seis nós. 

Estou mais familiarizado com o Fast 230 e para ser bem sincero, cada vez mais empolgado com sua performance. O barco é muito mais veloz que qualquer 23 que eu já tenha tripulado (muito mais!) e está muito preparado para andar bem, tendo todas as diversas regulagens muito bem posicionadas no cockpit

Seguindo o planejamento de aula fizemos o circuito em torno do ISO Vermelho, depois cruzamos a baia até a Ponta do Itaipu, seguindo para a Ponta Grossa e retornando para a Ilha Urubuqueçaba. Na volta, como já tem sido um costume, escolhi um veleiro distante no horizonte para fazer uma "interceptação". Como o pessoal estava mandando bem e as condições eram boas para isso subi a gennaker, inundamos os túneis de lançamento e destravamos os torpedos. Nessa, porém, ficamos rápidos demais e no momento de máxima aproximação estávamos a frente e a sotavento do "alvo", em nítida desvantagem de combate (deveríamos estar um pouco atrás e a barla). Foi então que abaixamos a vela para ventos folgados, desenrolamos a genoa e  voltamos para a interceptação em uma orça bem apertada. Demos um bordo e ficamos em rumo direto.... mas ai ele enrolou a genoa, ligou o motor e foi-se embora. Tem gente que não sabe brincar!

No sábado, 06/09, o Grandpa participou da Regata de Arvoredos. Para mim o perrengue da vez foi eu não ir, mas dessa vez sem arrependimentos. Era aniversário de casamento com a Priscila e havia uma grande chance de eu chegar em casa bem tarde, a ponto de inviabilizar qualquer comemoração e, mais do que isso, inviabilizar a continuidade de meus processos vitais...

Na tripulação foram os meus sócios no barco Cassio e Aruã, a Ana (namorada do Cassio) e o Roberto, ex-dono do veleiro. Depois de serem abalroados por um outro veleiro logo na largada (a ancora do "fdp" enroscou nas esctoas da mestra do Grandpa e escolherem passar por fora da Ilha da Moela, a turma completou a prova de vinte milhas em 04h33 (corrigido), fechando a raia. Os meninos saíram do clube quase 21h00 e se eu tivesse ido não estaria escrevendo essas linhas... Os homens também têm sua intuição!

E vamos no pano mesmo!

Galeria:

Carlos Eduardo (de boné), Marcio (ao fundo) e Hector (de camiseta vermelha). 

Orçando...

... a mais de 5 nós na merreca!

A gennaker...

... além dessa vela o Grandpa possui três balões simétricos, de diferentes tamanhos.

As marés de setembro atrasam um pouco as coisas.

Aruã...

... Ana ...

... Cassio ...

... e o tracking do Grandpa na Regata de Arvoredos: falta de sorte e pequenos equívocos. 

6 comentários:

  1. Juca tenho que parabenizá-lo pela bela iniciativa de se manter vivo e não participar da regata! Como dizem antes um marido vivo do que um regateiro morto né não??!!

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  2. KKKK Caldo de galinha e precaução não faz mal nenhum....Bola dividida com a 'Dona da Pensão' justo nesse dia tão importante, é preciso muito peito ou nenhum juízo....
    Abraço!!

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  3. So errou a foto da Ana rsrs

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