quarta-feira, 29 de abril de 2015

O lojinha do Senhor Salim...

Boas!


Um dos intuitos de nossa escola de vela é ajudar famílias pobres, em especial a minha. Por conta disso resolvemos abrir uma lojinha, que venderá produtos do Cusco Baldoso. Nesse primeiro momento está a venda nosso boné e nossa apostila Teoria Básica de Vela. Porém há novidades bem bacanas vindo ai.

Visite, então, "o nosso lojinha" AQUI!

E vamos no pano mesmo!

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Travessia Ubatuba Ilhabela Ubatuba no Soneca - 25/04

Boas!
No último final de semana aconteceu mais uma travessia de instrução, a segunda do mês. Mais uma vez nossas intrépidos alunos deixaram o Saco da Ribeira a bordo do Soneca com destino à praia do Jabaquara, em Ilhabela, onde pernoitaram. Na tripulação nosso Capitão Spinelli e nossos alunos Domiciano, Eloi, Silvio e George.
Como nos contou, depois, o Capitão, “O vento ficou entre 15 a 18 com rajadas de até 25 Kt  de W/SW e mar de 1 a 2 m de S. Foi orça ferrada 100 % do tempo. Sai com todas as velas em cima para rizar no caminho mas como eles não conheciam o Soneca, demonstrei a rizada enquanto o Domiciano ficava no leme. Com mestra na 1ª forra e buja 100 % o barco dave picos de 7,7, mantendo média de 6 Kt. Para chegar no Jabaquara, tivemos que dar vários bordos, onde eu tentei demostrar os bordos favoráveis e a melhor forma de ancorar a vela, apesar do vento forte. Como eles estavam muito afinados, os bordos foram muito bem feitos e conseguimos ancorar, a vela, em um lugar confortável e que proporcionava uma saida fácil, a vela, com qualquer situação de mar e vento. Cada um tomou 2 posições estimadas ( alidade + carta náutica ) mesmo com mar agitado conseguindo posições estimadas entre 0,5 e 1 milha próximas do ponto do GPS. Na  aproximação os pontos foram ficando cada vez mais perfeitos pois estávamos ao abrigo das ondas apesar das fortes rajadas. A noite foi super tranquila, sendo que o Domiciano dormiu as 9 h ( depois de um baita jantar ) e acordou as 7 h, seguido pelo George que estava morto”.
E vamos no pano mesmo!

Galeria:









sábado, 25 de abril de 2015

Preparando para descer...

Boas!

O Malagô está ficando pronto para voltar para a água. Tratamos o fundo com resina epóxy de baixa viscosidade, que aproveitou a madeira seca e foi bem absorvida. Depois passamos epóxy alcatrão (duas demãos), que reza a lenda que os gusanos não gostam muito.  No costado aplicamos alguma massa e pintamos com tinta PU, mas no rolinho, apenas para proteção.  A pintura definitiva do costado será feita na próxima subida, em novembro. Essa é a fase das fotos a seguir:








No fundo aplicaremos duas demãos de primer e mais duas demãos de tinta envenenada, dessa vez da cor vermelha. Quando o Cesar comprou o Malagô o fundo era azul. Quando ele o pintou foi de preto, cor que eu segui na última subida, em outubro de 2013. Usarei vermelho dessa vez porque nunca o vi com essa cor de fundo.

Além disso, seguindo as orientações de muita gente, irei subir o barco a cada seis meses. Hoje tenho plena convicção de que sai mais barato subidas curtas do que uma manutenção tão vasta quanto a que eu fiz, causada por um longo período na água (dezoito meses). 

Aliás, muita gente me pergunta, com algum constrangimento, quanto eu gastei. Essa pergunta eu tenho resolvido assim: eu tenho um barco clássico de 40 pés com um casco novo, ao custo de um 23 pés com o casco velho, mas em bom estado e equipadinho.  

Quando eu subi não estava preparado financeiramente para o que viria e até pensei em desmontar o barco, ou vendê-lo como estava. Eu não tinha o dinheiro para essa reforma, simples assim. Mas então veio o universo e coisas miraculosas começaram a acontecer: processos que nunca andaram, saíram (e me lembraram que o Juca advogado é quem, ao final, paga a maioria das contas). Além disso um volume maior de alunos veio na hora certa e ajudou muito (aliás, tenho muito a agradecer meus alunos, pois mais de um me ofereceu como ajuda antecipar o valor das aulas agendadas, o que me deixou bastante tocado!).  Pareciam as coisas malucas do livro Cem dias entre céu e mar, do Klink (só que de verdade). Dessa forma, pouco a pouco o dinheiro começou a aparecer como que do nada e há poucos dias da descida eu não devo ninguém.

Vale a pena? 

Pelo dinheiro, como investimento, claro que não. Mas essa não é, definitivamente, uma questão monetária. Para essas questões eu tenho uma cadeira de couro confortável, com vista para uma janela com grades por causa de ladrões que invadem a casa aos finais de semana e nos furtam e um belo ar condicionado, a apenas cinco quadras da minha casa. 

O Malagô, a escola de vela e a vida que venho tendo no mar é a realização de um sonho e, para mim, é para isso que serve a vida e ai essa conta fecha, sim. E com folga. 

Isso tudo só entende quem já esteve aqui...

E vamos no pano mesmo!


Uma senhora velejada!

Boas!

Existem dois jeitos de se encarar a vela oceânica: um é o romântico, fazendo saídas com ventos de cinco nós e ondas de meio metro - de preferência sob um céu azul. Outro é encarar o dia a dia com o que ele nos oferece e de acordo com nossos limites.  Em nossas aulas nós escolhemos o segundo, sempre, sendo que a única restrição para a não realização de aulas, além da ausência de vento (por razões óbvias), é a emissão pela Marinha de avisos de mau tempo, em especial ressaca.

Durante o mês de abril tivemos uma turma que navegou no veleiro Fratelli (Delta 36/Marcelo Damini) que se beneficiou de nossa estratégia de fazer as aulas em mais de um dia. Como comentei com eles hoje durante o almoço no clube, nós navegamos em três dias, no mesmo veleiro e no mesmo lugar. Porém, enfrentamos condições totalmente opostas em cada um desses dias: calmaria, ventos de dez nós e hoje, ventos sempre acima de vinte, de SW, com ondas acima de dois metros.

Saímos da baia já rizados e fomos até a Ponta do Itaipu, sempre sob fortes emoções: velocidade acima de oito nós, ventos uivando nos estais e ondas quebrando sob o convés. O Reginaldo, a Alcione, o Mem e o Eduardo, nossos alunos, puderam vivenciar na prática o que é velejar em condições mais duras, pois nem sempre nós podemos escolher o mar que encontraremos. Descobriram, na prática, que o segredo é apenas  estar preparado, com o conhecimento;  respeitar o mar e saber até onde vão seus limites. Saímos hoje porque a turma estava pronta para isso. Retornamos um pouco mais cedo do que o programado, pois era a hora certa de voltar. Mesmo curta essa foi uma senhora velejada! Em maio teremos quatro turmas do curso básico, sendo uma em Ubatuba e três em Guarujá. Que esses novos alunos possam passar por essa mesma experiência. 


E vamos no pano mesmo!


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Sobre os botes em Paraty...

Boas!

Segundo informações divulgadas em grupos de discussão na internert, foram encontrados botes infláveis queimados nas imediações de Paraty Mirim, que por coincidência fica bem ao lado da Ilha da Cotia. Também por alguma coincidência todos os botes furtados eram das marca Zefir - e novos! Dos motores, mais fáceis de dispersar, nada se sabe e provavelmente, nada se saberá.

Um dos botes furtados na Ilha da Cotia.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Não comprem botes sem saber a procedência!

Boas!

No feriado de Tiradentes ocorreu o furto, durante a noite, de cinco botes infláveis, com motores de popa, na Ilha da Cotia - Paraty/RJ. Ao que consta até o momento os meliantes aproveitaram que os donos estavam dormindo dentro dos barcos e deixaram  os botes na água e de forma furtiva os levaram até a prainha, onde foram esvaziados levados até a outra praia da ilha, de onde evadiram com a ajuda de alguma embarcação.

Não sei se é o caso, ainda, de dizer que acabou nosso sossego também no mar. Espero que não. O que sei, de concreto, é que duas coisas podem ser feitas imediatamente por todos nós:

1. Não comprem botes ou motores de popa sem ter certeza absoluta da procedência. Nosso mundo náutico é um lavabo de tão pequeno e não irá demorar para aparecerem botes e motores de popa por precinhos de ocasião. Se souber de algo, denuncie! Não seja cúmplice do crime. Esses furtos apenas irão compensar se alguém comprar esses botes e esses motores.

2. Ao dormirem ancorados, suspendam os botes para o convés.

É um absurdo, eu sei, mas esse é o país em que vivemos - até no mar.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Notícias do 'front'...

Boas!

Mais um final de semana repleto de atividades por aqui e por lá!

No sábado participei com os amigos Aruã, Eduardo Colombo e Eduardo Mota da 3ª Etapa do Campeonato Santista de Veleiros de Oceano. Mantendo a tradição fomos muito bem na perna de orça e, como de costume, quase apenas mal na de popa.  O balão ainda tem nos pregado peças, mas isso irá passar. O destaque foi uma porrada que dei com a cana de leme no rosto e que me levou a um nocaute técnico. Por sorte os amigos foram parceiros e me ajudaram a voltar para o planeta terra e continuar a regata. 
Os dois Eduardos...

... e o Aruã, comigo em um dia especial no mar.
Aproveitamos essa oportunidade para testar a vela feita pelo amigo Alexandre Dangas, parceiro em nossa escola de vela e proprietário da velaria BK Sails. Há algum tempo notamos que nos faltava um pouco mais de "pano" à frente e que a genoa 120 que usávamos não era a mais adequada para as regatas. Por isso o Alexandre Dangas nos fez uma 150, em prolan, corte tri-radial. É sempre impressionante ver como uma vela de proa nova influencia positivamente no contra-vento: o Grandpa velejava de cara para o vento a uma velocidade excelente. A vela, extremamente bem construída - com o cuidado quase obsessivo que o Dangas tem com tudo o que faz -, está mais do que aprovada. Faremos agora uma nova mestra para nosso intrépido Fast 230 - com a BK Sails, é claro!




Ao mesmo tempo em que participávamos da regata o Tio Spinelli levava nossos alunos Elkin, André, Alexandre e Roberto para uma travessia de instrução entre Ubatuba e Ilhabela. A valante tripulação deixou o Saco da Ribeira a bordo do Soneca e de foi até a praia do Jabaquara, na Ilha, onde pernoitou "no ferro" até o retorno para Ubatuba no dia seguinte. O ponto alto dessa viagem foi a prática das técnicas de navegação estimada, com uso de alidade e cartas de papel. O e-mail que o Roberto Gouveia me enviou dá a dica de como foi:

"Oi Juca, bom dia.
Gostaria de agradecer a "Cusco Baldoso", especialmente ao Juca e ao Spinelli que nos acolheu em seu barco "Soneca" maravilhosamente bem. O curso ministrado foi excelente, agregando aos meus conhecimentos tudo sobre navegação costeira. As dúvidas foram todas solucionadas com muita atenção da parte do (tio) Spinelli que sempre fazia questão que aprendessêmos de verdade. Aliás, diga-se de passagem, a organização e a dedicação com que o "capitão" trata seu barco, o Soneca, é de impressionar. Tudo foi passado à nós com muita destreza e interesse de que no futuro sejamos velejadores de verdade.
Abraços
Roberto"  

Da esquerda para a direita: Alexandre, Roberto, Elkin e Andre.

Andre e Elkin.

Andre,

Alexandre.

Roberto.
Já no estaleiro Procyon a boa notícia é que o Malagô já tem data para descer: dia 30/04, quinta-feira, na próxima maré de 1,3m. Com ele de volta ao clube minha atenção será direcionada para o mastro, que já foi lixado e aguarda os reparos, o verniz e a troca dos brandais. Hoje pela manhã as minhas filhas Brida e Alice foram comigo no "Hospital do Gô" ver como estava a obra. A Alice resumiu bem a situação: "Cortaram a barriga do 'Gô' e fizerem uma nova. Ele chorou, mas agora será pintado e ficará bem. O 'Gô' é nosso amigo, temos que cuidar bem dele!". Essa será navegadora, com certeza!

Minhas meninas, indo ver onde foi parar o dinheiro de suas heranças...
E vamos no pano mesmo!


terça-feira, 14 de abril de 2015

Calafetando...

Boas!

Agora há pouco estive no Malagô para vistoriar as obras. Estranhamente na semana passada eu tive que entrar em um acordo com o pessoal do estaleiro para a obra andar um pouquinho mais devagar.  O motivo é simples: o dono do estaleiro não cobra diária dos donos dos barcos, mas dos prestadores de serviços. Assim, no preço que eles dão já está embutido o valor da diária. O resultado é que a obra decola e nem sempre meu saldo bancário consegue acompanhar tamanha velocidade (o sistema ali é fez / recebeu). Esse sistema é muito inteligente e deveria ser adotado como padrão. 

Com o caixa um pouquinho melhor depois dos cursos do final de semana o fôlego pôde ser retomado e cá estamos ouvindo o barulho do martelinho pondo para entre as fendas das tábuas a estopa embebida em betume, depois coberta com zarcão e vedada com massa epóxy. Essa etapa estará pronta até sexta-feira e depois disso virá a preparação para a pintura (ufa!). 

E vamos no martelinho de calafate mesmo!





segunda-feira, 13 de abril de 2015

Mais quatro almas salvas...

Boas!

No último final de semana fizemos mais uma turma do curso básico de vela oceância, na base Guarujá. Na tripulação  Reginaldo, Alcione, Mem e Lucio. Para a instrução utilizamos o valeiro Fratelli, um Delta 36 do Marcelo Damini, nosso parceiro de outras aventuras. No sábado os ventos estavam fracos e ficamos apenas na instrução de orça, cambadas e jaibes, cumprindo o programa. No dia seguinte, com todos já habituados ao novo ambiente as tarefas foram executadas com precisão e senso de equipe, sob um vento já mais generoso, sempre acima de dez nós. Revimos a matéria do dia anterior e o lais de guia já não assustou tanto. Treinamos o rizo da genoa e da vela mestra e ensinamos a técnica de fundeio. Quem visse aquela turma naquele dia não diria que aprenderam a velejar um barco de oceano há apenas poucas horas e confesso que ver esse processo sempre me fascina. Essa turma continuará sua instrução no dia 25/04, quando iremos até a Ilha da Moela, mas tenho certeza de que essa foi apenas a iniciação desse grupo no mundo da vela e que logo logo irei encontrá-los, em seus barcos, ancorados em alguma baía ou enseada por ai.

E vamos no pano mesmo!







quarta-feira, 8 de abril de 2015

Palestra em Santos com o Navegador Hélio Magalhães

Boas!

A ABVC - Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro, com o apoio da Escola de Vela Oceânica Cusco Baldoso promoverá uma palestra na próxima quarta-feira, 15/04/2015 às 19h30 com o navegador Hélio Magalhães, com o tema Roteiros Náuticos da Costa Brasileira

Hélio, que se orgulha de viver do mar e no mar há mais de trinta anos, irá falar sobre suas experiências e sobre seu recém lançado guia: Santos - Rio: Um roteiro pelo mar.

A entrada é franca. Pedimos apenas a doação de um quilo de alimento não perecível, em especial leite em pó. As doações serão entregues à comunidade que vive na Ilha do Montão de Trigo durante o minicruzeiro Encontro das Ilhas promovido pela ABVC. 

O local da palestra é em Santos e tem facílimo acesso: Rua José Cabalero, n. 15, no Gonzaga (Smartcenter).

Participem!

Bons ventos,


Juca Andrade
VP ABVC Santos

terça-feira, 7 de abril de 2015

Curso de Vela em Ubatuba dias 01,02 e 03/04/2015

Por José Spinelli


Entramos no canal do Saco da Ribeira, a noite, com 10 Kt de vento de popa, a vela, para pegarmos a poita. A 1ª bóia encarnada estava apagada e a segunda que seria cega, estava acesa. Ficamos sem referencia e passamos a nossa boia. Quando percebemos, estavamos empopados alem de nossa poita, no canal, no escuro e com a genoa enrolada! Ninguem merece! 

Mas a tripulação agiu rápido, como profissionais !!! Em menos de 1 minuto abriram a genoa, deram 4 bordos na orça ferrada, no canal estreito cambando a centimetros de outros barcos ( no Principessa chegaram a 10 cm ), com muita precisão e calma.

Pegaram a bóia com muita perfeição. E tudo isso no 2º dia de curso! Eta tripulação porreta!!! José Roberto, Cristina, George e João, PARABÉNS !!! ...e obrigado por terem mantido o Soneca sem nenhum arranhão!





A todo pano!

Boas!

Nesse último feriado de Páscoa nossa escola de vela consolidou suia ampliação. Tivemos dois veleiros com alunos nossos em três dias seguidos de curso: o Soneca, do Capitão Spinelli, que levou pelas águas de Ubatuba os intrépidos José Roberto e Cristina, João e George e o Meltemi, em Guarujá, sob o comando do Capitão Alan, que mostrou a vela para o Magno (que tem um jet, mas está evoluindo espiritualmente), o Fernando (conhecido de outros tempos, quando comecei a velejar) e o Maury, que apesar da profissão é muito gente boa e merece todo o nosso aplauso, pois lutar contra o enjoo e não desistir jamais é coisa de brasileiro e de velejador!

Da esquerda para a direita, Alan, Maury (no leme), Magno e Fernando.

E vamos no pano mesmo!

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Casco fechado...

Boas!

Na construção naval o momento em que o casco está fechado e pronto para ser "virado" é sempre um momento de festa. Hoje foi a vez do Malagô, que voltou a ter todo o tabuado de seu casco. Apesar de ele já ter quase sessenta anos de idade, a alegria foi grande. Trocamos mais cavernas do que o esperado e mais tábuas também. Em compensação o barco está novo e pronto para aguentar bastante mar. Semana que vem terminaremos o calafeto. Depois  vem a pintura e até o final de abril vamos para a água de novo.  

E vamos no pano mesmo!