domingo, 29 de março de 2015

A espera...

Boas!

As obras da "Catedral", novo apelido carinhoso do Malagô, ficaram paradas entre domingo e quarta-feira. O motivo foi que o cedro rosa que comprei demorou para ser entregue. De toda a forma a coisa está indo bem. Ontem o lado de boreste já estava com as tábuas todas substituídas (não fotografei) e aplainadas, assim como duas cavernas que não estavam muito boas.

Como todo o material já está no estaleiro essa semana o ritmo deve ser retomado.

E vamos no pano mesmo!




sexta-feira, 20 de março de 2015

Em obras!

Boas!

As obras no Malagô seguem em bom ritmo. Entre terça e hoje já lixamos todo o casco (obras vivas e obras mortas) e começamos a retirar o calafeto (cordame que vai entre uma tábua e outra e impede que entre água dentro do casco). Também iremos trocar algumas tábuas que estão podres e uma outra que tem guzano (uma minhoca lazarenta que come a madeira). A continuar nesse bom ritmo na primeira maré alta de abril ele deve voltar para a água renovado.

E vamos no pano mesmo!

Galeria:










terça-feira, 17 de março de 2015

Malagô no seco...

Boas!

No último sábado fizemos uma instrução de vela oceânica durante a regata Volta a Ilha das Cabras. Foi a segunda vez que eu dei aula durante uma regata e a experiência se mostrou bastante enriquecedora, a ponto de eu planejar colocá-la no curriculo de nossa escola. Um grande mestre da área nos já temos, o Alexandre Dangas e um super barco também, o Super Bakanna - lembrando que o Alexandre também dá aulas na represa Guarapiranga. A regata foi longa e nós tivemos que desistir pois foi preciso ligar o motor para evitar que abalroassemos a Ilha das Cabras (sem vento, fomos derivando em direção às rochas). Na tripulação estiveram comigo o Eduado Colombo e o Eloi Junqueira, turminha animada e no espírito da coisa. Foi a primeira regata de oceano deles.

O Eduardo e o Eloi levando o barco na regata - (c) Leguth Edson

No domingo o Cassio apareceu para tirar as vigias do Grandpa que serão substituídas. Para não machucar as mãos lixando a fibra, pediu para a MÃE fazer o serviço! A MÃEEE!
Agora há pouco subimos o Malagô para o seco. Consegui com a ajuda dos marinheiros lá do clube um estaleiro de pescadores que sobe barcos de pesca muito mais pesados do que o meu. O sistema é antigo, o de "carreira" - um guincho puxa um berço que corre em uma carreira de concreto e dá mais medo do que o Travel Lift. Porém custa uma fração. Como estou sem motor, pois a bomba injetora está na Borsch, fui até o local rebocado. O caminho me fez pensar que estava em Bombaim. Passamos por canais apertados, cheios de palafitas com barcos de pesca na "garagem". Foi legal. Uma outra vantagem, fora o preço, é que no local existem vários profissionais acostumados com barcos de madeira, coisa rara hoje em dia já que essa é uma arte em extinção. Agora é só respirar fundo e ver o saldo entrando cada vez mais no vermelho.

Entrada do estaleiro Procyon...

... onde sem muita dificuldade...

O Malagô foi para o seco.

A última pintura de fundo foi há um ano e seis meses. Ainda tem bastante tinta.

E vamos de cheque especial mesmo!




segunda-feira, 9 de março de 2015

Madeeeeira!

Boas!

Quando eu trouxe o Malagô para Santos a ideia era fazer o fundo (calafetar e pintar com venenosa) e descer o mastro para refazer o verniz. Porém, o francês "Jàque" veio a bordo e já me preparo para uma longa temporada de reparos. Assim, "Jàque" o barco está aqui, vou fazer uma série de coisas. A ideia era voltar para o Saco da Ribeira no dia 28/03, mas nãos erá dessa vez...


Eu adoro Ubatuba e adoro deixar o barco lá. Mas a verdade é que o barco longe sempre acumula um tanto de coisas para fazer (ainda mais um barco de madeira, apesar de eu ter um bom marinheiro por lá). Lá a poita é minha, mas ainda assim eu tenho um gasto com AUMAR e Marinheiro. Aqui vou gastar o mesmo na mensalidade do clube, estando a apenas  dez minutos (a pé) do barco. Mas não dá para ter marinheiro, senão meu orçamento vai para o espaço. Não tem muito jeito.


Nesse espírito desci o mastro na última sexta-feira, 06/03, no Pier 26, com a ajuda do sempre amigo Cassio Souza (esse é meu amigo mesmo, pois eu só o coloco em fria e mesmo assim ele está sempre lá). A operação foi bem simples (difícil, mesmo, foi apenas soltar os esticadores do estaiamento) e não levou mais do que meia hora. Deitamos o mastro no convés e voltamos para o clube.


Lá a coisa foi mais complicada. A estimativa de peso do mastro era de cem quilos, mas isso eu sei que pesa só a retranca. Convocamos nove valentes voluntários e com algum esforço colocamos o mastro na área de reparos/manutenções da sede náutica do CIR. O mastro pesa pelo menos quatrocentos quilos.


Fiz uma vistoria no mastro e encontrei apenas uma parte podre, que se não fosse a experiência com construção (e desconstrução) naval amadora me faria perder a calma. Como esse podre está bem próximo ao tope, há mais de uma opção de conserto e em breve ele não estará mais ali. O mastro é de pinho de riga e está muito bom, apesar de grande parte do verniz já não estar mais por lá. Esse mastro não sofre uma manutenção há pelo menos dez anos.



Aproveitando a presença de meu amigo francês, comecei também a desmontar o motor para dar uma geral e aplicar o que venho aprendendo no Senai, começando pela bomba de água salgada.



Que Deus me ajude!

E vamos no pano mesmo.

quinta-feira, 5 de março de 2015

O fim do Classe Brasil Ondina...

Boas.

Primeiro dos Classe Brasil a ir para a água, ainda na década de1940, o Ondina, BL13, ficou os últimos trinta anos sob uma carreta em uma marina de pescadores no canal de bertioga. Várias foram as promessas de salvá-lo, mas nenhuma conseguiu ser levada adiante. Nos últimos tempos já não se tratava de uma reforma, mas de uma verdadeira reconstrução e o custo disso é absolutamente proibitivo.

Essa semana a agonia chegará ao fim. O casco foi comprado por uma família que ama os Brasil, assim como eu - os Westphal, da Pier Boat/Volvo do Guarujá - e o pouquíssimo que sobrou será montado no Brasil deles, o Cangaceiro, ou vendido para interessados em clássicos. Mas não há quase nada, infelizmente.

Como consolo resta o fato de que parte desse barco, um dos mais importantes da história náutica de nosso país, continuará navegando por ai, seja no Cangaceiro, seja como o velame do Malagô (que é o do Ondina - BL13, seus "irmãos mais novos".

E vamos no pano mesmo...

Fotos do dia 04/03/2015, feitas por Guilherme Westphal:






segunda-feira, 2 de março de 2015

Nossos barcos!

Conheça os barcos que são utilizados em nossa escola de vela:

+ Bakanna 
Fast 230
23 pés - um tripulante e cinco passageiros - Base Guarapiranga / Curso Básico e treinamento para regatas - Proprietário: Alexandre Dangas



Grandpa
Fast 230
23 pés - um tripulante e cinco passageiros - Base Guarujá / Curso Básico - Proprietário: Juca Andrade



Malagô
Classe Brasil 40
40 pés - um tripulante e nove passageiros - Base Guarujá / Curso Básico - Proprietário: Juca Andrade



Meltemi
Bruce Farr 32
32,6 pés - um tripulante e seis passageiros - Base Guarujá / Curso Básico - Alan Trimboli


Soneca
Samoa 33
33 pés - um tripulante e oito passageiros - Base Ubatuba / Travessias de Instrução e Explores - José Spinelli



Superbakanna
RC 33
33 pés - um tripulante e nove passageiros - Base Ubatuba - Curso Básico e Treinamentos para regatas - Proprietário: Alexandre Dangas



Nossa equipe...

Boas!

Semana passada comunicamos a ampliação de nossa equipe de trabalho. Vamos, então, conhecer melhor nossos novos instrutores!

Alan Henrique Trimboli

Médico, capitão amador, velejador desde 2002. Alan é o cruzeirista da turma, já tendo feito pelo menos doze cruizeiros entre Santos e Angra dos Reis, três deles a bordo de um Atoll 23. Trouxe um Thor 12,5 de Porto Belo até Ubatuba. Participou da Regata Recife Fernando de Noronha em 2014 em um MC 31 e velejou nesse barco de Noronha até Cabedelo no mesmo ano.  Alan é o capitão do Meltemi (Bruce Farr 32), veleja pratciamente todos os finais de semana  e ministra aulas do curso básico em nossa escola desde abril de 2014 na base Guarujá.





Alexandre Monteiro Dangas

Piloto de helicóptero, mestre amador, velejador desde 1996.  Realizou diversos cruzeiros à vela entre Santos, Ubatuba, Ilhabela, Paraty e Angra dos Reis, realizados com Atoll 23, O´day 23, RC 33, Fast 310 e Brasília 32. Alexandre é o nosso especialista em regatas: participou de diversos campeonatos, com destaque para oito participações na Semana de Vela de Ilhabela, tendo ficado em segundo lugar a bordo de seu Atoll 23. No início dos anos dois mil Alexandre construiu com o auxílio de sua esposa Luiza um RC 33, o SuperBakanna, que será usado em suas aulas em conjunto com seu Fast 230, o + Bakanna nas bases Ubatuba e Guarapiranga.





José Spinelli Neto

Engenheiro mecânico (aposentado), capitão amador, master instructor de mergulho (PADI). É o nosso grande explorador. Construiu diversos barcos, dentre eles o Soneca (Samoa 34). Há anos ministra diversos cursos de vela, navegação e mergulho a partir de sua base em Ubatuba. Entre diversos outros feitos dignos de nota já velejou em solitário entre Ubatuba e São Francisco do Sul, enfrentando condições adversas que incluiram uma pane no sistema GPS em plena entrada do Porto de Santos, a noite, com ressaca e ventos acima de trinta nós. Tio Spinelli é o capitão do veleiro Soneca e é o resposnável por nossas Travessias de Instrução e Explores a partir de nossa base Ubatuba.




 Juca Andrade

Advogado, capitão amador, velejador desde 2002, é especialista em ir só até ali e voltar. Fundador e coordenador da Cusco Baldoso Escola de Vela Oceânica desde abril de 2012, já fez diversos cruzeiros e travessias no eixo Angra/Santos. Participou da Refeno em 2014 e é o responsável pelo curso básico a bordo dos veleiros Grandpa (Fast 230) e Malagô (Classe Brasil 40) na base Guarujá.