segunda-feira, 23 de abril de 2018

Estamos indo de volta para casa...

Boas!

O Malagô morou muitos anos em Ubatuba e  chegou a hora de levá-lo de novo para lá.

Estou muito animado com essa ideia, não só porque sei que ele gosta mais de lá do que daqui, mas porque há um detalhe: o motor do barco está lá em Ubatuba e eu irei levar o veleiro até lá apenas na vela, no pano mesmo.



Para quem acabou de voltar de uma travessia do Atlântico Sul, com quatro mil milhas, essas oitenta que separam Guarujá do Saco da Ribeira não deveriam representar muita coisa. Mas não é bem assim. Ainda dá frio na barriga fazer uma coisa dessas. Nesse trecho não venta muito e nessa época do ano é muito fácil para nós ficarmos em alguma calmaria. Esse é meu maior receio: passar uma semana no mar para fazer oitenta milhas... É claro que eu poderia instalar o motor antes. Mas que graça teria?

A data dessa travessia ainda não é certa. O barco ficou algum tempo parado e  estamos organizando de novo as coisas. Começamos tirando tudo que estava dentro dele. Muita coisa foi para o lixo; outro tanto eu nem lembrava que tinha e muita coisa precisou ser lavada, na pia. A bateria de serviço principal, de 150 amperes, não sustenta mais carga e terá que ser trocada. O automático da bomba de porão estava em desuso, pois sempre havia alguém no barco. Não dá para ficar sem ele na poita.

A partir de agosto o Malagô será novamente usado para cursos na base Ubatuba de nossa escola de vela. 

Iremos registrar o passo a passo dessa epopeia aqui no blog.

Antes disso aproveitei que estava em Santa Catarina visitando a Alice e fui até Itajaí ver a Volvo Ocean Race. Uau! Que máquinas! Quanta gente conhecendo a vela pela primeira vez e se interessando pelo assunto. E foi bom também ver amigos queridos.

Eu e a Alice.


A Marina Bruschi, que encontrei na sorveteria.





E vamos no pano mesmo!